
Tínhamos muita vontade de escrever este pequeno texto para tratar de te convencer de que o iberismo que propõe a Sociedade Iberista não deve gerar qualquer tipo de desconfiança.
O iberismo é um movimento social e cultural que pretende que vivamos melhor. Até aí, tudo bem, mas e a nossa independência como país?
Todos somos patriotas, amamos o nosso povo e não só não desejamos mas rejeitamos qualquer tipo de ingerência estrangeira no nosso futuro como país.
E o iberismo da Sociedade Iberista não só garante que assim seja, mas também nos oferece a possibilidade de avançar para uma integração peninsular até onde nós como povo, queiramos. Que procuramos uma solução ibérica, num estreitar cada vez mais profundo e integrador como a Espanha.
Compatriotas, todos conhecemos a nossa atual realidade e nesse sentido, iniciaremos um processo de fusão e nos irmanaremos com os espanhóis mas, se assim não for essa a vontade da maioria, ninguém nos obrigará (sobretudo se defendermos este movimento associativo).
Durante este tempo, pude constatar como somos respeitados como país, como se têm em conta as nossas opiniões na parceria como portugueses. Tudo é melhorável, sem dúvida, e eu adoraria que me ajudasse nesse grande trabalho pedagógico que temos para com os espanhóis.
A verdade é que eles não nos conhecem. Preferem viajar a Londres ou Paris antes de vir à nossa terra. Assim que isso mudar (o que já está a acontecer), iniciar-se-á uma nova era, da qual poderemos construir um futuro juntos.
Portugal desaparecerá? Nada é eterno, está claro, mas não, isso não acontecerá. A identidade histórica e cultural de mais de 800 anos de um povo, não se esfuma em pressupostos, acordos ou federalismos.
Porque a verdade, é que se por capricho a história nos fez ter caminhos separados, foi na integração da União Europeia, que mais nos fez sentir que juntos, como uma só voz, somos mais fortes, que temos mais a haver como os nossos irmãos espanhóis, do que como nórdicos, ou «Beneluxes», ou outros povos europeus.
A IBÉRIA que nos espera, ajudar-nos-á contra o despovoamento, contra a pobreza, contra a precariedade laboral, contra as alterações climáticas, e poderemos dar a conhecer a nossa cultura a esse resto peninsular que nos vira as costas e que, se invertermos isso, um mundo novo cheio de possibilidades poderemos alcançar.