![Iberista esquecida](https://www.sociedadiberista.org/wp-content/uploads/2024/02/natalia-correia-pt-1024x512.png)
Natália Correia é a um exemplo mais de iberista esquecia dentro do nosso movimento. Esta poetisa, como gostava de ser chamada, nasceu nos Açores em 1923. E nos lega uma obra muito extensa, onde destacaremos «Todos somos Hispanos» (1988), através da qual, fará uma defesa sem precedentes da iberofonia.
![Natália Correia](https://www.sociedadiberista.org/wp-content/uploads/2024/02/IMG_1047_230925170621.jpeg)
Natália Correia é um bom exemplo de iberista esquecida, ao desconhecer-se sua obra "Todos somos hispanos"
No livro, composto por catorze breves capítulos, a autora portuguesa sustenta que Portugal e Espanha são, histórica e culturalmente, uma unidade ibérica.
Correia cita nesta obra autores da altura de Unamuno, Camões, Oliveira Martins ou Ramiro de Maeztu. Através dos quais, explora a possibilidade de criar essa comunidade ibero-americana, que tem em comum o espanhol e o português como língua. Uma comunidade cultural que permita fixar e alcançar os mesmos objectivos.
Deixamos uma análise profunda desta obra, disponível no site do Trapezio, da mão de Pablo González, que descobre sua obra e a conecta com o movimento iberista atual.
Em resumo, esclarece que, ainda que Natália Correia seja considerada atualmente como iberista, ela não se declarava como tal, e preferia falar de ibericidade, termo que foi evoluindo até a atualidade.
Chegou a considerar a Hispanidad e a ibericidad como sinônimos e falou desse eixo ibérico entre ambas nações que hoje desenvolvem os governos português e espanhol.
Nossa iberista esquecida é considerada uma das figuras literárias mais importantes de Portugal no século XX.
Uma mulher com todas as letras, que lutou contra a ditadura de Salazar, chegando a ser uma das ativistas mais importantes na luta contra o fascismo em seu país. Uma escritora que se tornou defensora da cultura, dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.